Biossensor de câncer de pâncreas pode chegar às farmácias

O físico e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Andrey Coatrini Soares, ganhou prestígio ao vencer o Prêmio Capes de Teses no ano passado com um trabalho inédito que utiliza biossensores para a detecção precoce de câncer de pâncreas. Esta modalidade de câncer é o mais fatal, com taxa de mortalidade de 99% e para dificultar, geralmente o diagnóstico é feio tardiamente.

Em sua tese, Andrey usou a nanotecnologia para diminuir o custo do sensor e o tempo de detecção da doença. Segundo ele, o biossensor é composto de camadas nanométricas de materiais poliméricos que ajudam a preservar a atividade das biomoléculas utilizadas no estudo. Com isso, ocorre uma interação específica entre as biomoléculas escolhidas e os anticorpos, e há a geração de um sinal elétrico medido pelo sensor.

A grande expectativa é de que, no futuro, essa tecnologia esteja acessível através dos testes de farmácia, como ocorro com os testes de glicose, por exemplo. O Hospital de Câncer de Barretos, parceiro do estudo, já utiliza a tecnologia.

Para que a produção seja feita em larga escala e disseminada, é preciso ainda financiamento do projeto, o que pode durar entre 2 a 3 anos. O especialista defende o projeto ao afirmar que a ideia inicial sempre visou desenvolver uma técnica que englobasse a cadeia inicial do tratamento e verificasse as suspeitas predisposições da doença. Durante o progresso da pesquisa, foi notado a versatilidade do projeto que também pode ser utilizado na detecção de outros tipos de câncer.

Fonte: Jornal da USP

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