A Hiperplasia Prostática é uma condição caracterizada pelo aumento adenomatoso não maligno da glândula prostática. É uma doença que afeta o sexo masculino, especialmente aqueles que estão na faixa etária dos 50 anos.
Manifestações clínicas derivadas pelo crescimento da próstata ocasionam no surgimento do esforço miccional, retenção urinária, gotejamento terminal e jato fraco, dentre outros sintomas, que impactam a qualidade de vida do paciente.
’Muitos estudos apontaram a relação da progressão da doença com a idade. Por exemplo, no estudo de Olmsted County, 13% dos homens entre 40 a 49 anos de idade apresentavam sintomas moderados a severos em comparação aos 28% com idade superior a 70 anos.
Para compreender o quadro clínico do paciente classifica-se os sintomas em leves, moderados e graves, utilizando o escore International Prostate Symptom Score (I-PSS), que é composto de algumas perguntas, onde a pontuação final permite avaliar a intensidade dos sintomas.
0 a 7: sintomas leves;
8 – 19: sintomas moderados;
20 – 35: sintomas graves.
Perguntas utilizadas no Questionário
- No último mês, quantas vezes você teve a sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar?
- No último mês, quantas vezes você teve que urinar de novo logo após, menos de 2 horas, de ter urinado?
- No último mês, quantas vezes você notou que foi difícil conter a vontade de urinar?
- No último mês, quantas vezes você notou jatos interrompidos enquanto urinava?
- No último mês, quantas vezes você notou o jato urinário fraco?
- No último mês, quantas vezes você teve que fazer força para começar a urinar?
- No último mês, quantas vezes você teve que acordar à noite para urinar?
- Se você tivesse que passar o resto da vida urinando dessa forma, como você se sentiria?
Tratamento Medicamentoso
A conduta terapêutica deve ser realizada de acordo com a individualidade de cada paciente.
Bloqueadores alfa-adrenérgicos: Tansulosina e Doxazosina
Atua bloqueando os receptores alfa-1 adrenérgicos no músculo liso. Relaxam a musculatura lisa da próstata e do colo vesical, diminuindo a resistência ao fluxo urinário, melhorando os sintomas.
Inibidores 5-alfa-redutase: Finasterida e Dutasterida
A testosterona é convertida pela enzima 5-alfa-redutase (5-AR) em di-hidrotestosterona (DHT). Existem duas isoenzimas de 5-AR, a tipo 1 e tipo 2. O fármaco Finasterida inibe a enzima tipo 2, enquanto o segundo inibe ambos os subtipos da 5-AR.
Essa ação inibitória provoca diminuição dos níveis intra-prostáticos de DHT, reduzindo o volume prostático e os níveis de PSA.
Terapia combinada: Bloqueadores alfa-adrenérgicos + Inibidores 5-alfa-redutase
A combinação dos fármacos fornece melhora nos sintomas, superior aos tratamentos isolados com cada uma das drogas. O benefício do alfa-adrenérgicos é aliviar os sintomas e do Inibidor 5-alfarredutase é manter o alívio em longo prazo.
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