Principais interações medicamentosas

Meu medicamento pode cortar o efeito do anticoncepcional? O que fazer quando um medicamento anula o outro? A interação medicamentosa pode resultar no aparecimento de efeitos adversos? Por que não posso beber ao tomar determinados medicamentos? Neste artigo, vamos explicar sobre as tão faladas interações medicamentosas e os efeitos adversos de medicamentos. Para saber mais, continue lendo!

Meu medicamento pode  diminuir o efeito do anticoncepcional?

Pode sim. Medicamentos, como antibióticos ou anticonvulsivantes podem diminuir o efeito da pílula anticoncepcional, implante, adesivo ou anel vaginal, pois alteram enzimas responsáveis pelo metabolismo dos hormônios presentes nos anticoncepcionais, diminuindo a quantidade desses hormônios na corrente sanguínea e reduzindo sua eficácia, aumentando o risco da gravidez indesejada.

Além disso, alguns remédios podem causar alterações na flora intestinal e levar ao surgimento de diarréia. Isso pode interferir na absorção dos hormônios da pílula anticoncepcional, reduzindo sua eficácia.

Portanto, justamente por essa razão, o uso de remédios com os anticoncepcionais deve sempre ser orientado pelo ginecologista, que poderá recomendar o uso de um contraceptivo extra, como a camisinha, para a prevenção de uma gravidez indesejada.

Quais são as interações medicamentosas mais comuns em tratamentos oncológicos?

Para se ter uma ideia de como as interações são importantes, o medicamento erlotinibe, utilizado para tratamento de câncer de pulmão, depende do pH ácido do estômago para sua absorção. Quando administrado junto com um protetor gástrico, como o omeprazol, o pH do estômago se torna alcalino, o que resulta numa diminuição em torno de 50% da sua absorção. De maneira semelhante, o quimioterápico capecitabina também depende de um pH ácido para sua absorção. Se tomado junto com protetores gástricos, pode ter sua eficácia reduzida. 

Outro exemplo de interação é com o medicamento tamoxifeno, muito utilizado para o tratamento do câncer de mama. O tamoxifeno é metabolizado pelo fígado em sua substância ativa, o endoxifeno. Quando utilizado junto com alguns anti-depressivos como fluoxetina, paroxetina, sertralina, esta conversão para endoxifeno é reduzida em cerca de 60%, podendo, portanto, interferir na eficácia do tratamento. 

A interação medicamentosa pode resultar no aparecimento de efeitos adversos?

A incidência de reações adversas causadas por interações medicamentosas é desconhecida. Em muitas situações, em que são administrados medicamentos que interagem entre si, os pacientes necessitam apenas serem monitorados com o conhecimento dos potenciais problemas causados pela interação. Dessa forma, o médico e o farmacêutico devem ser informados sobre combinações potencialmente perigosas de medicamentos e o paciente pode ser alertado para observar sinais e sintomas que denotam um efeito adverso. Possivelmente, pacientes com múltiplas doenças, com disfunção renal ou hepática, e aqueles que fazem uso de muitos medicamentos são os mais suscetíveis.

Por que não posso beber ao tomar determinados medicamentos?

Quando uma pessoa bebe, ela metaboliza o etanol utilizando enzimas que o fígado produz. Essas mesmas enzimas também servem para metabolizar algumas drogas. Isso significa que, se álcool e remédio surgem juntos no meio da história, o organismo fica sobrecarregado, e o efeito do medicamento é reduzido ou até anulado, além de debilitar o fígado. Além disso, muitos medicamentos também são eliminados pela urina. O álcool e o excesso de líquidos, por exemplo, têm efeito diurético e, portanto, podem acelerar a excreção dessas substâncias.

Vamos pegar o mais comum: o paracetamol, por exemplo. Em sua metabolização já libera um substrato tóxico ao fígado, e o consumo de bebida alcoólica pode elevar essa toxicidade, causando problemas no fígado. 

Ou por exemplo, a mistura de álcool com ácido acetilsalicílico: há um aumento considerável do risco de sangramento no estômago – já que esse ácido é irritante para a mucosa estomacal e seu efeito se potencializa pelo álcool.

Ou seja: sempre pergunte ao médico ou farmacêutico sobre o consumo de álcool ao ser prescrito um novo medicamento, ok?

AVFARMA

Para evitar interações medicamentosas e minimizar efeitos adversos, nada mais importante do que uma consulta com um farmacêutico clínico. Ele poderá tirar dúvidas, orientar sobre a melhor forma de administração dos seus medicamentos, assim fazendo com que o seu tratamento seja mais seguro.

Isso se torna ainda mais importante nos casos de medicamentos de alta complexidade, onde a interação medicamentosa pode atrapalhar o tratamento de uma doença grave, podendo até causar a morte do paciente. Ao comprar seu medicamento com a AVFARMA, você ganha uma consulta gratuita com nossos especialistas e recebe todas as orientações necessárias. Então, faça o pedido pelo nosso site e melhore a qualidade do seu tratamento. 

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